sexta-feira, 17 de maio de 2013



MORTIFICAÇÃO CORPORAL

Afio pequenos objetos de metal
E amarro ma ponta de uma corda
Açoito-me e o sangue minha pele borda
N’um ritual de mortificação corporal.

Ferido igualmente a um animal
Que passa por momentos de tortura
Meu auto-flagelo vai causando ruptura
À minha carne que resiste a dor mortal.

Como forma de alívio para a alma
O sofrimento pouco a pouco se acalma
Quanto mais a penitência me  acerta.

Mesmo que este ato me faça feliz
E minha carcaça se transforme em cicatriz
Esta ferida ficará sempre aberta.

Do livro de sonetos “A DOR E EU” de Zé Lopes

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