quinta-feira, 28 de agosto de 2014

PT PEDE QUE GOOGLE RETIRE DO AR VÍDEO DE LULA COM MARINA SILVA

 

Rui Falcão, presidente do partido, classifica produção como 'fraude' mas prefere não atribuir confecção do vídeo ao PSB

O presidente do PT, Rui Falcão, anunciou há pouco medidas judiciais e administrativas para retirar do ar um vídeo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece declarando apoio à candidata do PSB à Presidência, Marina Silva. A gravação divulgada na internet é uma montagem com base em um depoimento em que Lula pede votos para a deputada federal Marina Santanna, candidata do PT ao Senado em Goiás.

O vídeo fraudado traz o logo oficial da campanha de Marina Silva ao Palácio do Planalto e o sobrenome da candidata petista ao Senado é suprimido, dando a entender que o ex-presidente estaria pedindo apoio à adversária da presidente Dilma Rousseff na corrida presidencial.

"Temos uma candidata ao Senado, a deputada federal Marina Santanna, que recebeu, como é natural, uma gravação de apoio do presidente Lula", disse Falcão. "É uma montagem fraudada, que suprime o sobrenome (da candidata petista) e coloca apenas o presidente Lula apoiando Marina', como se fosse a candidata do PSB", concluiu. Ele não atribuiu a autoria do vídeo ao PSB ou a Marina Silva.

De acordo com ele, já foi enviado um pedido administrativo ao Google para retirar a peça do Youtube. Será encaminhada ainda à Justiça Eleitoral uma representação por propaganda eleitoral irregular que, de acordo com Falcão, "pode induzir o eleitor a erro". Também será pedido ao Ministério Público Eleitoral a instauração de um inquérito criminal para apurar as práticas de "falsidade ideológica de cunho eleitoral" e para identificar os responsáveis. O presidente do PT disse que, mais adiante, a coligação vai entrar com uma ação cível para retirar o vídeo do ar. "Ele viola o direito autoral e o direito de imagem (de Lula). Continuaremos na nossa linha de, nas nossas redes sociais, não nos valermos de fraudes e adulteração", declarou o petista.

O coordenador jurídico da campanha de Dilma, Flávio Caetano, classificou a gravação modificada de "absolutamente fraudulenta e criminosa". Por último, Falcão disse que o PT não estuda pedir investigação sobre a origem dos recursos para a compra do jatinho usado pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo na semana retrasada em Santos (SP).

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