quarta-feira, 24 de setembro de 2014

DILMA FAZ PRESTAÇÃO DE CONTAS NA ONU E DIZ QUE BRASIL PASSA POR 'GRANDE TRANSFORMAÇÃO'



Presidente aproveitou o discurso de abertura da Assembleia Geral da entidade para falar das conquistas sociais dos governos petistas nos últimos 12 anos

A onze dias do primeiro turno das eleições, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) aproveitou a tribuna da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas para fazer nesta quarta-feira, 24, uma prestação de contas do seu mandato e exaltar as conquistas do seu governo e da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) na construção de uma "sociedade inclusiva" e de uma "economia moderna". De acordo com a presidente, está sendo promovida uma "grande transformação" que produziu uma "economia moderna" e uma "sociedade mais igualitária".

Dilma também destacou que, apesar dos efeitos da crise econômica mundial, o País gerou empregos, valorizou salários, reduziu a desigualdade e saiu do Mapa da Fome, conforme apontou relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês).

"Abro este Debate Geral às vésperas de eleições, que são a celebração de uma democracia que conquistamos há quase trinta anos. Nos últimos doze anos, em particular, acrescentamos a essas conquistas a construção de uma sociedade inclusiva baseada na igualdade de oportunidades", afirmou Dilma, em um discurso de alto teor eleitoral na abertura da 69ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. "A grande transformação em que estamos empenhados produziu uma economia moderna e uma sociedade mais igualitária."

Conforme informou o Estado na última segunda-feira, Dilma foi orientada pelo comitê de campanha a ir a Nova York e usar os holofotes da ONU como palanque político em nível internacional - um espaço que seus adversários na corrida pelo Palácio do Planalto não possuem. Dilma falou para uma plenária lotada, com várias pessoas de pé e encerrou a fala sob fortes aplausos dos presentes.

"Essa mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões de empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71% seu poder de compra. Com isso, reduziu a desigualdade. Trinta e seis milhões de brasileiros deixaram a miséria desde 2003 - 22 milhões somente em meu governo", ressaltou.

"O Brasil saltou de 13ª para 7ª maior economia do mundo e a renda per capita mais que triplicou. A desigualdade caiu. Se em 2002, mais da metade dos brasileiros era pobre ou muito pobre, hoje três em cada quatro brasileiros integram a classe média e os extratos superiores", comparou Dilma, em referência ao governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

No período da crise econômica mundial, observou a presidente, o mundo desempregava "milhões de trabalhadores", enquanto o Brasil gerou 12 milhões de empregos formais. "Não descuramos da solidez fiscal e da estabilidade monetária e protegemos o Brasil frente à volatilidade externa", enfatizou.

A petista ainda reiterou o compromisso do governo no combate à corrupção e no fim da impunidade, com a criação de instrumentos que promovem a transparência na gestão pública.

Expansão. Ao falar de educação, a presidente frisou que houve uma "expansão sem precedentes" na educação superior, com a abertura de novas universidades públicas e a oferta de bolsas e financiamento estudantil a mais de 3 milhões de alunos.

"Universalizamos o acesso ao ensino fundamental. Perseguimos o mesmo objetivo no ensino médio. Estamos empenhados em aumentar sua qualidade, melhorando os currículos e valorizando o professor", afirmou.

O ensino médio é considerado um dos maiores gargalos da área de educação - segundo o Índice Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o Brasil não apresentou nenhum avanço entre as avaliações de 2011 e 2013, mantendo-se em 3,7. A meta para 2013 era de 3,9.

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