quinta-feira, 18 de setembro de 2014

JUSTIÇA CONDENA YOUSSEF A 4 ANOS E 4 MESES DE PRISÃO POR CORRUPÇÃO


 
Doleiro da Lava Jato é alvo também de processos do caso Banestado

A Justiça Federal no Paraná condenou ontem, quarta feira, 17, a 4 anos e 4 meses de prisão o doleiro Alberto Youssef pelo crime de corrupção ativa no âmbito do caso Banestado - escândalo de evasão de divisas nos anos 1990. Alvo da Operação Lava Jato - investigação sobre lavagem de R$ 10 bilhões e corrupção na Petrobrás - Youssef sofria ainda acusação por seu vínculo com o caso do antigo banco do Estado do Paraná.

Neste caso, ele foi condenado porque obteve, em agosto 1998, empréstimo fraudulento de US$ 1,5 milhão para a Jabur Toyopar Importação e Comércio de Veículos Ltda. no Banestado, agência de Grand Cayman, mediante pagamento de propina de US$ 131 mil ao então diretor de Operações Internacionais da instituição financeira. Esse valor, segundo o Ministério Público Federal, foi repassado para uma "campanha eleitoral" de 1998.

A sentença é do juiz Sérgio Moro. Na mesma sentença, o doleiro foi absolvido da imputação do crime de gestão fraudulenta de instituição financeira. O juiz condenou Youssef ao regime fechado - o doleiro está preso desde 17 de março por sua ligação com a Lava Jato.

A ação contra Youssef havia sido suspensa em 2004, quando o doleiro fez delação premiada e revelou bastidores de um grande esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio do Banestado.

Com a descoberta da participação de Youssef nos crimes de lavagem e corrupção no âmbito da Lava Jato, deflagrada em março pela Polícia Federal, a Justiça reabriu duas ações penais contra o doleiro, ainda da época do caso Banestado.

A condenação hoje imposta ao doleiro é oriunda de ação penal originariamente proposta em 2003 pelo Ministério Público Federal - ela foi suspensa em decorrência daquele acordo de colaboração premiada celebrado pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público do Estado do Paraná com Alberto Youssef.

Em decorrência dos fatos apurados na Operação Lavajato, o acordo, a pedido do Ministério Público Federal, foi declarado rompido e a ação penal retomou o seu curso agora.

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